Mais extenso sistema de Ultra-Alta Tensão brasileiro, linha de transmissão Xingu-Rio completa três anos de operação

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Release enviado em 11/10/2022

Sistema tem capacidade de transmissão suficiente para abastecer 70% da energia consumida no estado do Rio de Janeiro e opera sem ocorrência de acidentes com afastamento desde o início de sua operação

A Xingu Rio Transmissora de Energia Elétrica (XRTE) – o mais extenso sistema de transmissão de energia elétrica em Ultra-Alta Tensão 800kV do mundo – completa 3 anos de operação em agosto de 2022. Com 2.543km de extensão e 4.448 torres, o linhão se estende por 81 municípios em 5 estados das regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste. Toda essa estrutura compõe um sistema capaz de transportar 4 mil megawatts (MW) de potência em corrente contínua. 

 Mais do que um conjunto de números grandiosos, a XRTE hoje responde por 70% do consumo de energia em todo o estado do Rio de Janeiro, considerando os meses em que a concessionária opera em potência máxima de transmissão.  Esta situação ocorre entre dezembro e maio por conta do período chuvoso na Região Norte. Este volume de energia transmitida permite que os lagos dos reservatórios das Regiões Sul e Sudeste possam se recuperar, preparando-se para período de estiagem nos demais meses do ano.  

 – “A entrada da XRTE em operação contribuiu para uma maior flexibilidade e confiabilidade no sistema elétrico nacional, permitindo que o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) tenha mais ferramentas para driblar as adversidades nos períodos de seca, reduzindo significativamente os riscos de racionamento ou falha no suprimento de energia” – destaca Paulo Zerbati, diretor de Ultra-Alta Tensão da State Grid Brazil Holding, controladora da XRTE.

Construída a partir de um investimento de aproximadamente R$ 9 bilhões, a XRTE tem faturamento anual de cerca de R$ 1,577 bilhão e emprega 20% do número de funcionários da holding brasileira.

 Cerca de dez mil colaboradores empenharam seus esforços para colocar um projeto desta magnitude em funcionamento. Hoje a concessionária mantém 140 funcionários, distribuídos entre as operações em Xingu (Pará), no Rio de Janeiro e nas bases de manutenção do linhão, incluindo alunos egressos de um projeto de intercâmbio com as escolas técnicas de Paracambi (RJ) e Altamira (PA). 

 Durante a construção, os principais desafios para implantação da XRTE estavam em vencer as adversidades climáticas e redesenhar o traçado para contornar obstáculos geográficos, poupando a biodiversidade das florestas, um panorama que se revelou bastante diverso ao longo de toda a extensão da linha. 

 Conquistas alcançadas, hoje os desafios são outros. Para que esse complexo sistema funcione harmonicamente, a operação e a manutenção do empreendimento demandam treinamento e atualização constante de todos os colaboradores. 

 – “Precisamos estar preparados para todas as situações. Para isso, investimos fortemente em treinamento e equipamentos de segurança. Temos uma interface importante com a matriz, na China, que nos proporciona uma grande oportunidade de aprendizagem, possibilitando exercermos uma manutenção preventiva e preditiva com relação a possíveis intercorrências.” – detalha Paulo Zerbati.

 Para garantir o funcionamento de toda a estrutura da XRTE, são investidos R$ 12 milhões por ano em projetos para aprimorar a operação e a manutenção do sistema, o que inclui compra de material sobressalente, melhoria das instalações e vistorias aéreas em toda a extensão da linha.  

 O cuidado com a segurança, um dos pilares da State Grid Brazil, é traduzido em números pela XRTE. A concessionária vem operando há três anos sem registro de qualquer acidente com afastamento. As subestações Xingu, em Anapu (PA), e Terminal Rio, em Paracambi (RJ) têm as notas mais altas da holding no que se refere a segurança do trabalho.

 Preservação ambiental, resgate arqueológico e ações sociais

 Pelo cuidado com o meio ambiente e a valorização das comunidades locais, a gestão ambiental da XRTE rendeu reconhecimento à State Grid, posicionando-a entre as 10 empresas agraciadas pelo prêmio Benchmarking Brasil 2019. Desde a implantação da XRTE, mais de R$ 40 milhões foram investidos em programas de proteção ambiental e bem-estar social.  

 Em termos de reflorestamento, foram aproximadamente 500 hectares de recomposição de floresta nativa, distribuídos pelos cinco estados atravessados pela linha de transmissão. Esforços para otimização do traçado da linha, com alteamento de torres, redução da largura de corte de vegetação, e ações para evitar abertura de novos acessos em regiões de mata nativa, permitindo que 25% do total de área inicialmente autorizada pelo IBAMA para ser suprimida fosse poupada. Todos esses esforços evitaram a supressão de vegetação de uma extensão territorial equivalente a 45 vezes a área do Estádio Maracanã. 

 Um relevante trabalho de resgate arqueológico foi realizado com a implantação do empreendimento. Mais de 66 mil vestígios arqueológicos (aproximadamente 63 mil fragmentos cerâmicos e 3 mil peças líticas) foram resgatados e analisados, e serão enviados para instituições de guarda no Pará, em Tocantins e Minas Gerais, subsidiando futuras pesquisas científicas e divulgação do conhecimento gerado sobre ocupações pretéritos do nosso território. Também foram realizadas ações de educação patrimonial para as comunidades próximas ao empreendimento, destacando o patrimônio cultural local.  

 Geração de renda para comunidades no trajeto da linha de transmissão 

 Dentre as ações sociais no âmbito do licenciamento ambiental, a XRTE executou o Programa Básico Ambiental Quilombola na Comunidade Malhadinha, no município Brejinho de Nazaré (TO), contribuindo com a construção de um centro social comunitário e de uma unidade de beneficiamento de polpa de frutas. O programa envolveu a doação de equipamentos e auxiliou nos primeiros passos da operação da unidade, com o objetivo de otimizar a produção e expandir as possibilidades de comercialização.  

 As medidas adotadas pelo programa na Comunidade Malhadinha em apoio à unidade de beneficiamento, um dos principais meios de geração de renda da comunidade, contribuíram para fomentar o desenvolvimento local. As ações incluíram apoio técnico e financeiro para aquisição de material e uniformes utilizados na produção, orientação técnica e capacitação profissional, articulação institucional com órgãos de governo e possíveis compradores. Como resultado, em um ano de operação (entre junho de 2021 e junho de 2022) foram produzidos mais de 5.800kg de polpa de frutas pela unidade de beneficiamento, o que gerou cerca de R$ 70 mil de renda para a comunidade.


Ex: 2001, 2010, 2021
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